COVID-19: dúvidas frequentes sobre o novo coronavírus
Nota: este texto foi escrito em abril de 2020. Por ser uma doença nova, conhecimentos inéditos e pesquisas sobre a COVID-19 estão sendo desenvolvidos, então não esqueça de acompanhar as notícias e os canais oficiais da sua região.
Com a pandemia de COVID-19, dúvidas começam a surgir. Afinal, o novo coronavírus é algo nunca visto anteriormente, então os conhecimentos ainda estão em desenvolvimento.
Porém, já existem diversas respostas para questionamentos. Separamos as dúvidas mais comuns sobre a COVID-19 para te ajudar a entender a situação. Continue a leitura para conferir!
Como surgiu o novo coronavírus?
Antes de explicar surgimento da COVID-19, é preciso entender que é uma doença causada por uma nova variação do coronavírus, sendo que “coronavírus” é uma família com diversos membros conhecidos. Existem cerca de 40 tipos diferentes desse grupo que já foram identificados, sendo que apenas sete infectam humanos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de COVID-19, surgiu em 2019, na cidade de Wuhan, na China, em um mercado popular em que são vendidos animais vivos. Ainda não há uma certeza de como exatamente a doença apareceu, mas a tese mais aceita é que algum animal estava infectado e o vírus sofreu uma adaptação, podendo infectar humanos.
O vírus é transmitido por meio da inalação de gotículas de saliva ou de secreções respiratórias de pessoas contaminadas, ou por tocar em uma superfície contaminada e levar as mãos ao nariz e boca.
Existem teorias da conspiração que o novo coronavírus foi desenvolvido em laboratório, porém essa ideia já foi derrubada por cientistas dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido.
Coronavírus, COVID-19 ou SARS-CoV-2?
Você provavelmente já viu os termos coronavírus, novo coronavírus, COVID-19 e SARS-CoV-2 sendo utilizados na mídia e internet. Por mais que muitos entendam que eles sejam sinônimos, existem diferenças.
Coronavírus é uma família de vírus, com mais de 40 tipos diferentes. É utilizado popularmente para se referir ao novo coronavírus. São também participantes da família o Sars, identificado na China em 2002, e o Mers, causador de uma epidemia no Oriente Médio em 2012.

Novo coronavírus é o novo tipo de vírus da família, que infecta humanos e foi descoberto no final de 2019 em Wuhan, na China.
SARS-CoV-2 é o nome científico e oficial do vírus, dado pela OMS. O código não é tão utilizado popularmente, sendo mais comum em pesquisas científicas.
COVID-19 é a doença causada pelo novo coronavírus, que ataca principalmente os pulmões dos humanos.
COVID-19 tem cura? E vacina?
Em abril de 2020, não havia resposta sobre a cura para a COVID-19. Diversos remédios e antivirais já existentes estão em testes atualmente, para que possam ser utilizados enquanto tratamentos do novo coronavírus ainda não tenham sido desenvolvidos.
Ainda não existe uma vacina para o novo coronavírus e nem previsão de quando ela deve chegar. Diversas pesquisas já estão em desenvolvimento e devem passar por rigorosos testes de segurança antes de serem distribuídas, evitando que façam mais mal do que bem.
Devo usar máscara de proteção respiratória? Quando?
O Ministério da Saúde recomenda a utilização de máscaras de proteção respiratória de tecido, que podem ser feitas facilmente, para todos que precisam sair de casa. Em diversos municípios, o uso da máscara nas ruas já é obrigatório.
As máscaras cirúrgicas descartáveis não devem ser utilizadas pelo público em geral, e sim serem reservadas para o setor da saúde.

A versão caseira pode ser usada por até duas horas ou até ficar úmida, sendo necessário trocá-la depois do período. Para higienizá-la, utilize uma mistura de água com água sanitária ou sabão.
Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas, segundo a OMS, são tosse seca, coriza e cansaço. São considerados sintomas graves febre alta, pneumonia e dificuldade de respirar.
Para evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde, assim como diminuir a proliferação do vírus, a recomendação é buscar um hospital ou pronto-socorro apenas se houver sintomas graves.
Quem entra no grupo de risco?
O grupo de risco para o novo coronavírus é composto por idosos acima dos 60 anos, portadores de doenças crônicas, pessoas imunossuprimidas, com diabetes e histórico de doenças cardiovasculares, pressão alta, doenças cardíacas, doenças pulmonares e câncer. Fumantes e gestantes também correm mais risco de desenvolver doença grave.

Para participantes desse grupo, é necessário cuidado redobrado, sendo o isolamento altamente recomendável. Se você faz parte, procure alterar a sua rotina e a da casa, para diminuir o risco de contaminação.
Qual é a taxa de mortalidade da COVID-19?
Por ser uma pandemia em desenvolvimento, é impossível determinar uma taxa de mortalidade exata. Essa medição pode levar até anos para ficar pronta, mas o que já existe é a análise de óbitos de casos confirmados de COVID-19.
No mundo, a taxa divulgada no dia 14 de abril é de 3,74%, sendo que varia bastante de acordo com região. A análise deve levar em conta a escassez de testes em diversos países, como no Brasil, que pode gerar cenários de subnotificação. Lembre-se que uma taxa de mortalidade relativamente baixa não é motivo para não tomar cuidado!
Quais são as melhores formas de prevenção?
O que difere o novo coronavírus de outras pandemias recentes é a grande facilidade de transmissão, o que aumenta os casos com uma velocidade espantosa, e por isso exige uma maior cautela, visto que ainda não há informações o suficiente sobre o combate à COVID-19.
O Ministério da Saúde recomenda uma série de ações para prevenção:
Lavar as mãos frequentemente e da melhor maneira é essencial. Confira um guia de higienização:

Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com o cotovelo, e não com a mão. Dessa forma, você não infecta locais em que tocar. Lave as mãos imediatamente depois de tossir ou espirrar.
Não toque no rosto antes de lavar as mãos, principalmente quando sair de casa. Resista à vontade e ao costume!
Mantenha distância de 2 metros de qualquer pessoa nas ruas e estabelecimentos. Também evite abraços, apertos de mão e outras formas de contato – demonstre carinho com palavras, e evite o toque neste momento.
Cultive uma alimentação equilibrada, lembrando também de manter a hidratação e praticar exercícios físicos, mesmo que em casa.
Objetos de uso pessoal, como talheres, máscaras, copos e toalhas, não devem ser compartilhados. Lembre-se de também higienizar o celular, bolsas e brinquedos frequentemente.
Fique em casa sempre que puder, preferindo o trabalho remoto quando possível. Assim, diminui a circulação nas ruas, e consequentemente as chances de ser infectado e proliferar a doença.
Só saia de máscara e use por apenas 2 horas, trocando quando necessário. Higienize o produto depois de usar e não a retire para falar ou respirar melhor – tocar no tecido pode contaminar e inutilizar seu uso.
Quando a crise deve acabar?
A crise gerada pela COVID-19 não tem data para acabar, e diferentes especialistas especulam diversos cenários futuros. No momento, a prioridade é achatar a curva, evitando sobrecarga dos sistemas de saúde e dando mais tempo para que pesquisas sejam feitas e soluções encontradas.
Por mais que não se saiba quando a crise de COVID-19 vai acabar, o momento irá passar, desde que cada um faça a sua parte.
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